Aproveito o comentário do colega Humberto Neto, do site O Guia do Fisioterapeuta, para adicionar algumas informações sobre a qualidade e quantidade das evidências publicadas na área da Fisioterapia.
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terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Evidências na PEDro
Aproveito o comentário do colega Humberto Neto, do site O Guia do Fisioterapeuta, para adicionar algumas informações sobre a qualidade e quantidade das evidências publicadas na área da Fisioterapia.
TENS para analgesia: Editorial
Como já era de se esperar, magníficas ponderações foram feitas sobre algumas conclusões do artigo sobre a eficácia do TENS1, comentado abaixo.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Nintendo Wii como recurso fisioterapêutico
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Tratamento individualizado versus orientado para portadores de vertigem
Percebe-se, junto com a alta prevalência da queixa de vertigem na população em geral, a grande dificuldade em se resolver de forma efetiva o problema. Kao e colaboradores 1 (Fator de impacto = 1,27) compararam uma estratégia de tratamento individualizada (3x/sem, por 30 min de exercícios na clínica) e um protocolo de exercícios domiciliares, com mesma freqüência, duração e intensidade.
Em suma, ambos os grupos melhoraram após dois meses nos dois grupos. Porém, indivíduos tratados com supervisão pelo fisioterapeuta obtiveram melhora significativa em todos as mensuração clínicas (Inventário das disfunções da vertigem [DHI], Indice dinâmico da marcha, Escala de Tinetti e Teste “Timed Get up and Go”), enquanto apenas Tinetti e DHI melhoraram de forma significativa nos pacientes que realizaram os exercícios em casa.
No entanto, metodologicamente, o estudo apresentou algumas fraquezas: 59 participantes foram divididos não randomicamente; 18 deles não completaram o estudo (30% de desistência); os grupos foram compostos por apenas 28 (68%) indivíduos tratados individualmente e 13 (32%) fizeram exercícios domiciliares. A alocação dos indivíduos estudados nos grupos foi por conveniência e não por processo de randomização. Não houve referência sobre cegamento do avaliador.
Esses detalhes limitaram a confiabilidade dos resultados, mas, aparentemente, refletem o que observamos na prática clínica, quando recebemos pacientes que já tentaram protocolos de exercícios para praticarem em casa e não obtiveram resultados satisfatórios.
Referência:
1. Kao C-L, Chen L-K, Chern C-M, Hsu L-C, Chen C-C, Hwang S-J. Rehabilitation outcome in home-based versus supervised exercise programs for chronically dizzy patients. Archives of Gerontology and Geriatrics 2009: In Press.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
TENS para dor de origem neurológica
Um documento que poderá não ser novidade para alguns, provavelmente terá impacto bondástico para a prática de outros ao se verificar a revisão sistemática apoiada pela Academia Americana de Neurologia e publicada este mês na Neurology (Fator de impacto = 7,043) deste mês1.
Com o objetivo de determinar a eficácia do TENS para o tratamento da dor nas doenças neurológicas, incluindo lombalgia, os autores, incluíram 11 estudos em inglês, de apenas duas bases de dados, e concluíram que há evidências conflitantes para utilizar TENS no tratamento de dor nas costas. Acrescentam que o TENS é provavelmente efetivo em reduzir a dor da neuropatia periférica diabética.
Ao final, não recomendam a utilização do TENS para o tratamento da dor lombar, e sim para neuropatia diabética.
Enquanto aguardamos a repercussão da publicação e uma possível reação de outros autores no cenário mundial, destacamos algumas fraquezas do estudo. Além de considerar uma abrangência restrita na busca dos estudos, estudos que compararam o TENS de alta freqüência com placebo não demonstraram diferença entre os grupos. No entanto, um dos estudos utilizou TENS com frequência modulada e observou redução significativa da dor lombar ao compará-lo com o tipo BURST e com o convencional.
A maioria das diretrizes atuais sobre o manejo da lombalgia incluem recursos eletrofototerápicos, terapia manual, entre outros recursos fisioterapêuticos. Tal publicação surge, não apenas para tentar desbancar um recurso fisioterapêutico amplamente utilizado, mas talvez até, como mote provocativo para a melhoria da prática clínica fisioterapêutica, bem como da pesquisa no campo. Veremos...
Referência:
1. Dubinsky RM, Miyasaki J. Assessment: Efficacy of transcutaneous electric nerve stimulation in the treatment of pain in neurologic disorders (an evidence-based review). Report of the Therapeutics and Technology Assessment Subcommittee of the American Academy of Neurology. Neurology 2010:74(2):104-5.
Prevenção de quedas
Grande destaque é dado para a tomada de decisão clínica baseada não apenas nas evidências, mas também através da perspectiva do paciente e familiares.
Como principais fatores de risco para quedas e comprometimento das atividades e participações, os autores destacam a ocorrência de quedas prévias; disfunções do equilíbrio, marcha e força muscular; e a polifarmácia.
Como principais métodos efetivos de intervenção, destacam a fisioterapia com exercícios, cirurgia para catarata e redução da medicação. Para prevenir fratura, vitamina D é a evidência mais forte.
Além disso, o artigo traz ótimas diretrizes para a avaliação, tratamento e acompanhamento do paciente em risco de queda. Ótima referência!
Referências:
1. Tinetti ME. Performance-oriented assessment of mobility problems in elderly paients. J Am Geriatr Soc 1986:34(2):119-26.
2. Tinetti ME, Kumar C. The patient who falls: “It’s Always a Trade-off”. JAMA 2010:303(3):258-66.