terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Especialização em Saúde da Família para SC, PR e RS

Estão abertas as inscrições para seleção de candidatos ao Curso de Especialização Multiprofissional em Saúde da Família. São oferecidas 1.200 vagas, distribuídas entre dentistas, enfermeiros e médicos da Estratégia Saúde da Família (ESF) e profissionais componentes do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF). Podem se inscrever profissionais de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

As inscrições para o processo seletivo estarão abertas no período de 04/12/2012 até 31/01/2013.



Fonte: aqui

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Parafina para osteoatrose

Enfim, volto rapidamente para tirar o mofo e ilustrar a importância da comprovação da eficácia na prática clínica. Da mesma forma que recursos, métodos e técnicas inovadoras se consolidam através de evidências científicas, recursos antigos que caíram no desuso podem voltar a tona através de evidências de efeito.

Um exemplo disso é o estudo de Dilek et al, ainda "in press", que será publicado em fevereiro de 2013 e apresenta a mensuração do efeito do banho de parafina para o tratamento de indivíduos com osteoartrite nas mãos através de um ótimo de senho de pesquisa. A apresentação deste estudo não se trata de saudosismo ou apologia a recursos aparentemente superados, mas de uma reflexão sobre o que um bom desenho de pesquisa pode provar de recursos aparentemente obsoletos, mas que podem significar efeitos superiores a muitas opções miraculosas disponíveis no mercado.

Fonte: aqui
Os autores demonstraram que a imersão das mão na parafina (acredito que alguns fisioterapeutas mais jovens nem saibam o que é isso) pode ser efetivo na redução da dor e rigidez e manter a força muscular nas mão acometidas por osteoartrite, por até 12 semanas. Infelizmente os autores não observaram poder estatístico suficiente na melhora funcional

Algumas limitações "tradicionais" nos estudos fisioterapêuticos como a pequena quantidade de indivíduos da amostra, o que afeta o poder estatístico a as conclusões, e a falta de um grupo placebo, pois foi utilizado um grupo controle (só com medicação) foram citados pelos autores.

Fica a ideia para projetos de pesquisa para avaliar a eficácia de recursos fisioterapêuticos usuais que ainda não dispõem de evidências de efeito, através de desenhos de pesquisa relativamente simples, de grande aceitação, credibilidade e acima de tudo, necessários.

Abraços e até mais.

Referência:
- Dilek, B., M. Gözüm, et al. The efficacy of paraffin bath therapy in hand osteoarthritis: a single-blinded randomized controlled trial. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, In press, 24 nov 2012.
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domingo, 30 de setembro de 2012

Ferramentas de avaliação do risco de fratura

Fonte
Identificar e prevenir fatores de risco a saúde dos idosos são ações primordiais no estudo do envelhecimento, também chamada gerontologia. As quedas constituem um problema incipiente e com grande repercussão para o indivíduo, sua família e para a sociedade, que assume esta grande carga. As fraturas estão relacionadas com as quedas e à osteoporose. A triagem da osteoporose tem sido proposta como fator de prevenção de fraturas. Além da densitometria óssea, ou como complemento dela, vários instrumentos são propostos, inclusive pela Organização Mundial da Saúde, todos gratuitos e disponíveis on line.

Os recursos citados adiante não servem para avaliar o risco de queda, cujos instrumentos de triagem podem ser testes clínicos bastante simples, como o Teste de Levantar e andar cronometrado (Timed Get Up and GO Test, entre outros - veja publicações relacionadas aqui e aqui), mas para avaliar o risco de fratura em caso de queda por osteoporose/osteopenia. Sabemos que o exame de escolha é a densitometria óssea, nem sempre acessível a todos. Assim, alguns instrumentos podem auxiliar como ferramentas de rastreio ou para triagem para indicar a densitometira apenas pacientes com maior risco. Além disso, são propostas para direcionar o tratamento medicamentoso.

É fato que nem sempre se dispõem de um computador, quiçá uma conexão com a internet. Porém, no caso de existir pelo menos um computador, é possível utilizar apenas a planilha Chamada SAPORI, extremamente simples, útil e validada para a população brasileira. Serve para o rastreio de indivíduos mais predispostos a fraturas por osteoporose e indicar a densitometria de forma mais racional e precisa **.

Para mais informações importantes sobre o rastreio do risco de fraturas por osteoporose, acesse este artigo do BMJ, disponível aqui, artigo atual, de excelência, didático e esclarecedor. Caso haja limitação com a língua, utilize o tradutor do navegador Chrome, ou copie o atalho do artigo neste endereço aqui.

As ferramentas propostas neste artigo podem ser acessadas através dos links abaixo. Fique a vontade para incluir seu comentário sobre o assunto.

Ferramentas de avaliação do risco de fratura:
*FRAX (clique aqui), a ferramenta de avaliação do risco de fratura da Organização Mundial da Saúde pode ser usada por pessoas com idade entre 40-90 anos, com ou sem valores de densidade mineral óssea. OBS: Não validado para a população brasileira.
*QFracture (clique aqui) pode ser usado por pessoas com idades entre 30-85 anos de idade. Os valores de densidade mineral óssea não podem ser incorporados no algoritmo de risco.
**SAPORI. (acesse aqui) instrumento simples, útil e válido, em nosso meio, para identificação de mulheres, na pré, peri e pós-menopausa, com maior risco de osteoporose e fratura por fragilidade óssea denominado SAPORI – São Paulo Osteoporosis Risk Index.

OBS: Os instrumentos acima foram idealizados para serem utilizados por profissionais de saúde em serviço. Se você for leigo, por favor, peça orientações adequadas apenas ao profissional de saúde de sua confiança e que seja capacitado na área.
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segunda-feira, 11 de junho de 2012

Resumo da semana: Abordagem do idoso com distúrbio da marcha

A prevalência de distúrbios da marcha e quedas aumenta dramaticamente com a idade, mas estes problemas não são universais em idosos. Eles devem desencadear uma procura sistemática de estados funcionais ou de doença subjacentes, muitos dos quais podem ser tratados clinicamente, cirurgicamente, ou significativamente melhorados através de fisioterapia focada em treinamento de marcha e meios auxiliares para a deambulação, remoção de riscos de segurança no ambiente, e eliminação de polifarmácia. Enquanto distúrbios ortopédico, cardiovascular e doenças reumatológicas predominam na maioria dos distúrbios de marcha em idosos, o objetivo do artigo é apresentar uma abordagem para o diagnóstico e tratamento de uma ampla variedade de condições neurológicas que causam distúrbios da marcha em idosos.

Referência:

- Marshall FJ. Approach to the elderly patient with gait disturbance. Neurol Clin Pract. 2012 jun; 2 (2): 103-11.